Há 16 anos a Rede Globo exibia um especial “Brava Gente” filmado na Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, ou “A Macega”, contando a história de um garoto nativo da região e apaixonado pelos helicópteros da Aviação Naval lá baseados.
O Esquadrão HS-1 “Guerreiro” é a peça chave em uma história muito semelhante ao clássico livro “O Pastor“, de Frederick Forsyth.
Diferentemente da maioria dos episódios do programa, cuja proposta era adaptar obras literárias, este Brava Gente, intitulado “Entre o Céu e o Mar” teve roteiro original escrito para a TV.
O programa foi gravado em locações na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ).
https://www.youtube.com/watch?v=KQq-k5FwYkg&feature=youtu.be
A trama reúne ficção e realidade para contar a história do menino que queria ser piloto. Neto (Pedro Malta) tem dez anos e é apaixonado por helicóptero. Ele mora com o pai, o pescador Agenor (Herson Capri), em São Pedro da Aldeia, litoral fluminense, onde existe uma base da Aviação Naval. O passatempo do garoto é passar os dias sentado na cerca que separa a área militar, observando as aeronaves decolar.
Certo dia, Neto pula para a pista e conhece o tenente Sandro (Alexandre Paternost), que deixa ele brincar nos helicópteros e promete ajudá-lo a se tornar piloto. Mas o comandante da base, Passos (Kadu Moliterno), não gosta das brincadeiras de Neto e o proíbe de voltar ao local, ameaçando denunciar Agenor por negligência.
Em casa, Neto tem uma vida difícil. O pai é alcoólatra e obriga o filho a cozinhar e a cuidar da casa. Quem intervém a favor do menino é a assistente social da base, Matilde (Rita Guedes), que convence o comandante a mudar de ideia. Passos acaba permitindo que o menino estude na mesma escola dos filhos dos oficiais e ajude na limpeza do hangar.
Enquanto isso, Agenor se envolve em uma operação arriscada e criminosa. Ele é convencido por outro pescador, João (Stepan Nercessian), a resgatar a carga de drogas de um barco de traficantes que afundou em uma região conhecida por suas correntes traiçoeiras. Antes de entrar no mar, o pai de Neto dá um altímetro de presente ao filho. O equipamento é exclusivo da Marinha e chama a atenção de Mário (Nizo Neto), um capitão antipático e violento. Ele convence Passos de que o garoto roubou o objeto do arsenal da área restrita aos militares. A verdade só vem à tona mais tarde.
Neto é expulso da base e, na mesma noite, Agenor e João saem para o local do naufrágio. Uma tempestade se forma e o filho implora para que o pai permanece em terra firme. Tudo em vão. O menino procura o comandante Passos, implora para que ele mande um helicóptero resgatar o pai, mas ele nega. O garoto se desespera, até que Sandro surge trazendo Agenor, molhado e desacordado, e entrega a Neto seu brevê como recordação. Em seguida, o menino descobre que o seu amigo tenente morrera havia mais de 30 anos, tentando salvar seu próprio pai, que também era pescador, em circunstâncias parecidas.
- Elenco:
Pedro Malta – Neto
Alexandre Paternost – Sandro
Herson Capri – Agenor
Rita Guedes – Matilde
Kadu Moliterno – Comandante Passos
Nizo Neto – Capitão Mário
Stepan Nercessian – João
Alexandre Coelho
Camilo Bevilácqua
Edgard Amorim
Eduardo Canuto
Eduardo Chamon
Fabio d’Arrochela
Ricca Barros
Telcy Ruas
- Roteiro: Marco Schiavon
Produção de elenco: Ciça Castelo
Produção de engenharia: Marcos Senna
Edição: Ubiraci de Motta, Robinson Lima
Cenografia: Isabela Urman
Produção de arte: Ana Valéria Velasco
Figurino: Denise Bernardes
Continuidade: Graça Abreu
Efeitos especiais: Federico Farfan
Efeitos visuais: Marcelo Brandão
Direção de fotografia: Henrique Leiner
Câmeras: Fernando Cruz, Maurício Azevedo
Sonoplastia: Iraumir Machado, Humberto Donghia, Marcus Pastor
Produção musical: Guilherme Dias Gomes
Assistência de direção: Daniel Ghivelder
Coordenação de produção: José Renato Azevedo
Gerência de produção: Sérgio Madureira
Direção de produção: Aluízio Augusto
Direção geral: Roberto Farias
Núcleo: Jayme Monjardim