O Boeing C-17 Globemaster III visto por dentro

Concebido em plena guerra fria para tornar-se uma aeronave de transporte militar capaz de entregar/lançar cargas e tropas diretamente atrás das linhas de contato com o inimigo, o Boeing C-17 Globemaster III surgiu como um projeto da McDonnell Douglas situado entre o monstruoso C-5 Galaxy e os mais convencionais KC-10 Extender/KC-135/C-141, para citar somente jatos militares de transporte operados pelos norte-americanos.

A asa direita e seus dois Pratt & Whitney F117-PW-100.
Detalhe traseiro de um motor Pratt & Whitney F117-PW-100.
O complexo sistema de portas e “balanço” dos trens de pouso do C-17, que permanecem abertos em solo quando o avião “se ajoelha” sobre o peso…
Vista da enorme deriva (cauda em T) e seu leme duplo de controle.
O nariz do avião e suas várias janelas estrategicamente posicionadas: visibilidade em qualquer ângulo de operação.
A caixa estrutural das asas, a enorme asa e a rampa de carga: ítens que foram bastante estudados na criação do design do Embraer KC390…
Detalhe traseiro de um motor Pratt & Whitney F117-PW-100.
O enorme e complexo boggie do trem de pouso principal, e sua porta inteiriça: design aperfeiçoado desses componentes pode ser visto no KC390…

Capaz de transportar até 80 toneladas, esse avião pode levar com segurança um carro de combate M-1 Abrams, munição, sua tripulação e algum equipamento de apoio a distâncias superiores aos 6.000 km (com reabastecimento em voo).

Seus sistema de trens de pousos flutuantes (pressão dos pneus reguláveis em voo), distribui o peso em qualquer tipo de superfície semi-preparada (terra, neve compactada, cascalho, pisos de campanha adaptados pela engenharia, etc).

Os implementos de engenharia a bordo podem ser resumidos nas palavras clicar/girar/travar/embutir, roll-on e roll-off, amarrar/peiar/travar/, etc.

Qualquer íten tático do arsenal das Forças Armadas Norte-Americanas (homologado para lançamento pelo ar) pode ser despachado, de lanchas de ataque rápidas usadas por Forças Especiais até unidades inteiras de uma divisão de infantaria para-quedista (Airborne), incluindo aí seus suprimentos e equipamentos “leves”.

Com quase trinta anos em serviço para os exemplares mais antigos, o C-17 Globemaster III foi produzido entre os anos de 1991 a 2015, sendo os últimos entregues destinados ao mercado de exportação (Reino Unido, Austrália, Canadá, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Índia e Kuwait).

O compartimento de carga desse avião possui comprimento de 20,78 metros. O comprimento da rampa é de 6,52 metros e pode suportar um peso de até 18,144 toneladas (carregamento/descarregamento).

A largura utilizável do compartimento de carga é de 5,49 metros e a altura é de 4 metros e meio, depois das asas. Antes das asas, a altura é de 3,76 metros.

A aviônica do Boeing C-17 Globemaster III trabalha com quádrupla redundância (se um dos sistemas falhar, há outros três trabalhando). O equipamento de navegação é digital, assim como muito outros componentes da aeronave.

FICHA TÉCNICA:

  • Tripulação: 3 – 2 pilotos e um oficial de carga
  • Capacidade: 102 paraquedistas ou
    134 soldados com assentos paletizados e assentos de parede ou
    54 assentos de parede (mais 13 paletes de carga) somente ou
    36 macas e 54 pacientes ambulatoriais e enfermeiros e médicos ou
    Carga, de um M1 Abrams, três M1126 Stryker ou seis M1117
    77 519 kg (171 000 lb) de carga distribuída ou misturada com veículos
  • Comprimento: 53 m (170 ft)
  • Envergadura: 51,75 m (170 ft)
  • Altura: 16,8 m (55 ft)
  • Área alar: 353  (3 800 ft²)
  • Peso vazio: 128 100 kg (282 000 lb)
  • Peso de decolagem: 265 350 kg (585 000 lb)
  • Capacidade de combustível: 134 556 l (35 500 US-gal)
Motorização
Performance
O C-17 Globemaster III em Natal durante a Cruzex 2010. (Todas as imagens: Roberto Caiafa).

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