O dia em que o “Cafona” saiu para tomar um sol no MUSAL.

Musal 2018. Após as intensas chuvas que atingiram o Rio de Janeiro na quarta feira de cinzas do Carnaval, o saldo da destruição foi grande.

Um dos hangares do MUSAL completamente vazio: uma imagem raríssima.(Gilson Campos)

Além da perda do dirigível da Airship do Brasil, o MUSAL também recebeu sua cota de castigos: diversos danos nos telhados de cada hangar contíguo, o que exigiu um plano de contingência para licitar, contratar e efetuar reparos em caráter emergencial, o que obrigou a equipe do MUSAL a realizar um trabalho hercúleo, retirar todas as aeronaves de cada hangar para permitir as obras.

A posição de exposição do “Cafona”.

Pode parecer fácil, mas a movimentação do Viscount presidencial, por exemplo, demandou sete dias até a sua saída do hangar. Devido ao valor histórico de cada um dos aparelhos preservados, a equipe não pode arriscar nehuma manobra apressada ou não planejada com antecedência.

Não se improvisa com a história, e a seriedade do trabalho de museologia realizado no MUSAL é a prova cabal disso. As imagens desse artigo foram gentilmente cedidas por Gilson Campos. Formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Ciências Aeronáuticas), Gilson documentou em imagens históricas boa parte dos trabalhos que estão sendo realizados.

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VICKERS VISCOUNT 789D

(VC-90) Vickers-Armstrongs*

Este exemplar voou pela primeira vez em 1º de dezembro de 1957, sendo entregue à Força Aérea Brasileira (já convertido para configuração presidencial) em 6 de outubro de 1958.

O “Cafona” , como era conhecido nas aerovias, serviu aos presidentes Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart, Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo. Foi desativado em 1987, com 13.855 horas voadas.

*Vickers-Armstrongs Limited foi um conglomerado de empresas de engenharia britânica formada pela fusão dos ativos da Vickers Limited e Armstrong Whitworth em 1927.

A limousine de Juscelino Kubitschek

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