A Boeing terá 51% da joint venture que será criada em conjunto com o construtor aeronáutico brasileiro Embraer.
Após meses de negociações difíceis entre o governo do Brasil e a empresa norte-americana, a Boeing controlará a maioria da futura empresa resultado desta parceria, mas em menor percentual do que inicialmente considerado.
De acordo com o jornal O Globo, a empresa norte-americana aceitou o requisito do Governo do Brasil, para que a Boeing não tenha uma participação de controle maior que 51% em comparação com 80 a 90% exigido pelo construtor aeronáutico norte-americano, anteriormente, segundo rumores nos bastidores da negociação.
A Boeing e a Embraer confirmaram no final de dezembro, em uma declaração conjunta, que estavam em negociações para uma possível fusão de parte de seus negócios.
Na verdade, no início deste mês, o ministro da Defesa, Raul Jungmann se mostrou favorável a uma parceria, mas argumentou que a manutenção do controle de participação da empresa brasileira era uma questão de soberania nacional.
O acordo prevê que a Boeing assuma toda a área comercial da Embraer, que inclui a fabricação de aeronaves e executivos regionais, enquanto a área de defesa permanecerá nas mãos da empresa brasileira para evitar o possível veto do governo.
A Embraer é o terceiro maior fabricante de aeronaves do mundo e o número um em aeronaves regionais com 70 a 130 assentos.
A aliança da Embraer com a Boeing permitirá que a empresa norte-americana consiga competir de forma decisiva com o programa de aeronaves CSeries da joint venture entre a canadense Bombardier e a europeia Airbus.