- Exército Brasileiro prepara a entrada em serviço de novos obuseiros autopropulsados.
Um total de quatro veículos blindados de combate obuseiro auto propulsado VBCOAP M109 e seus respectivos tubos foram embarcados nos Estados Unidos da América e seguem viagem para o Porto de Paranaguá (região sul do Brasil), com previsão de chegada no final de fevereiro.
Esses obuseiros não sofreram trabalhos de modernização.
Paralelamente, a Artilharia Divisionária da 5ª Região Militar (AD/5) está coordenando um estágio de equipes técnicas para a preparação dos M109 para emprego como material de instrução.
Dessa forma, a linha logística sendo implementada para o VBC OAP M109 modernizado irá formar equipes de manutenção habilitados no novo modelo.
Com a reformulação e reequipamento da Arma de Artilharia do Exército Brasileiro, as entregas de obuseiros M109A5+BR, a partir de 2019, representarão um enorme avanço frente aos antigos M109A3 e os vetustos M108, estes em calibre 105 mm. Foram incorporadas tecnologias visando a potencialização das suas capacidades, através de uma modernização realizada pela empresa BAE Systems.
Os “novos” M109A5+BR irão equipar as unidades de Artilharia autopropulsadas que prestam apoio às brigadas blindadas.
A viatura contará com travamento automático do tubo, medidor de V0, navegação inercial, GPS, sistema eletrônico de pontaria e computador de tiro.
Essa tecnologia permitirá aumento significativo da precisão, bem como maior rapidez para entrada em posição e execução do primeiro tiro. O alcance do armamento principal é uma das características que mais impressionam.
Em virtude do tubo M284, o obuseiro tem um alcance máximo de 23,5 km, podendo chegar até a 30 km, uma diferença significativa em relação ao M109 A3, que mesmo com munição assistida alcançava em torno de 23,5/24 km.
E os obuseiros auto-rebocados?
Paralelamente aos trabalhos de reequipamento e ampliação das capacidades de emprego com artilharia autopropulsada, prosseguem os estudos do Alto Comando do Exército para a seleção e aquisição de obuseiros auto-rebocados em calibre 105 mm e 155 mm.
Essas armas deverão substituir os antigos obuseiros auto-rebocados do tipo M101 (105 mm) e M114 (155 mm), ainda em uso.
Ambos os modelos carecem de alcance eficaz para atuar em cenários de emprego modernos, prestando-se mais a instrução e formação de novos artilheiros, como complemento do Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF).
O SIMAF tem como objetivo aprimorar o adestramento, a instrução, o ensino militar e o suporte à tomada de decisão de militares da Força Terrestre usando simuladores de apoio de fogo instalados na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), e no Centro de Adestramento Sul, em Santa Maria (RS).
Concebido inicialmente pela empresa espanhola TECNOBIT (modelo SIMACA), o SIMAF, um desenvolvimento muito mais sofisticado, especificado pelo EB, trabalha com os três tipos de simulação militar: Viva (trabalhos de Linha de Fogo em obuseiros sensorizados), Virtual (condução de missões de tiro no PO, utilizando optrônicos) e Construtiva (montagem e manipulação de calungas de tropas em uma carta 2D).
Com a troca dos modelos mais antigos de obuseiros auto-rebocados por outros mais capazes, será possível ao Exército Brasileiro reformular a sua doutrina de apoio por fogos empregando material com maior alcance, precisão de tiro e agilidade para entrar e sair de posição.