O Exército do Chile está buscando no mercado internacional adquirir mais exemplares de veículos blindados 8×8 e 6×6.
No atual processo de remodelação daquela Força Terrestre, os Regimentos de Infantaria Motorizados serão transformados em unidades de Infantaria Mecanizada.
As Forças Armadas chilenas já usam centenas de veículos da família Piranha com várias configurações de armamento, tanto com truck 6×6 quanto 8×8. Boa parte deles foi produzida no País sob licença.
Rumores não confirmados pelo Exército do Chile dão conta do interesse andino pelo VBTP-MSR 6×6 Guarani, fabricado no Brasil pela IVECO Veículos de Defesa, uma estranha opção, já que o blindado brasileiro significaria uma linha logística completamente diferente da capacidade instalada localmente.
A Fábricas y del Ejército Maestranzas (FAMAE), responsável pelo suporte logístico desse material, possui oficinas especializadas para prestar a manutenção e revisão de motores Detroit Diesel 6V53T, usados nos Piranha 6×6 e 8×8, blindados de esteira M113 e AIFV / YPR 765.
O Guarani utiliza um powertrain FPT Industrial Cursor 9F2C de 383 HPs, acoplado a uma transmissão automática ZF Friedrichshafen 6HP602. Incorporar esse veículo blindado brasileiro significaria para os chilenos implementar uma outra linha logística.
Segundo observadores locais, é quase certo que o Exército Chileno adquira blindados Piranha de segunda mão oriundos de estoques do Canadá ou dos Estados Unidos da América, a FAMAE ficando responsável por prepará-los para entrarem em serviço.
Assim, o suposto interesse chileno no produto da Iveco Veículos de Defesa teria a ver com uma estratégia comercial local, pressionando os fornecedores do Piranha (General Dynamics Land Systems – GDLS) para obter um preço mais baixo e desta forma combinar ou melhorar as ofertas de material usado.
Um blindado de transporte de pessoal sobre rodas (VTP) novo, de fábrica, não sai por menos de US$ 2 milhões de dólares, o que mais uma vez, dificulta uma aquisição do blindado brasileiro fabricado pela Iveco Veículos de Defesa.