Na primeira metade do século XX, quando a doença coqueluche era uma ameaça para as crianças e o tratamento era precário, uma solução era realizar um voo em grandes altitudes.
O ar rarefeito atenuava ou podia até curar a coqueluche da criançada!
Realizados a partir do final da década de 1920 por aviadores franceses e alemães, a técnica consistia em submeter os portadores de coqueluche a uma variação da pressão atmosférica, criando assim condições desfavoráveis ao desenvolvimento do bacilo causador da doença.
Para serem eficazes, esses voos deveriam ocorrer a três mil metros de altitude.
Na década de 1940, uma das pioneiras da aviação no Brasil, Ada Leda Rogato (1910-1986), realizou mais de mil “voos de coqueluche”, transportando crianças em sua maioria.
A Força Aérea Brasileira, sempre prestativa, realizou centenas de “Voos de Coqueluche” na década de 40/50!
Nas fotos do Arquivo Histórico Nacional, pode-se observar o Douglas C-47 FAB 2062 num destes voos humanitários.
As mães e as crianças impecavelmente vestidas, a tripulação com apresentação esmerada.
Segundo alguns historiadores, os Boeing B-17 da força, usados no imediato pós guerra em missões SAR na FIR Atlântico, também teriam realizado “voos de coqueluche”.