Segundo noticia veiculada pela rede de TV CNN nesta segunda feira (20/11), dois navios da Marinha Argentina teriam conseguido detectar, usando seus sonares, sinais no fundo do mar, na área de buscas, que podem ser do submarino desaparecido “ARA San Juan“.
O informe da CNN explica, de acordo com militares da US Navy que estão auxiliando os argentinos, que os sons detectados se assemelham a batidas desferidas em um casco metálico.
Exatamente o tipo de treinamento que os submarinistas recebem, produzirem um som constante, batendo peças metálicas no casco, de modo a produzir uma onda sonora capaz de se propagar e assim ser detectada pelos navios e outros recursos disponíveis.
As buscas estão sendo concentradas em um box de 35 milhas náuticas, a cerca de 620 km do litoral argentino. Um moderno Boeing P-8A Poseidon da US Navy está neste momento auxiliando as buscas nessa região.
As equipes de resgate deverão enfrentar desafios como a questão da profundidade e a viabilidade de se chegar ao “ARA San Juan”. Some-se a isso o mar revolto na área, a dificuldade de posicionamento dos recursos de resgate, e o tempo restante de oxigênio a bordo.
Nota do Autor: O “ARA San Juan” é um submarino diesel-elétrico TR.1700 para emprego em águas litorâneas, com períodos de patrulha que não costumam exceder mais que 30 dias de mar.
Tal limitação se deve mais ao gerenciamento do risco no uso dos motores e das baterias de bordo, que a resistência física e psicológica dos tripulantes.
O que o ARA San Juan estava fazendo a mais de 600 km da costa argentina, em uma área reconhecidamente desfavorável as suas características operacionais (mar revolto, grandes profundidades, águas gélidas), e muito mais próxima, por exemplo, das ilhas Falklands do que de um porto nacional?
Qual era missão do submarino? Por que os sistemas de emergência para a emissão de sinais de S.O.S aparentemente falharam? Aconteceu realmente incêndio a bordo? O desmentido da Iridium sobre os sinais de telefonia satelital detectados, o que explicar sobre isso?
Perguntas que podem esperar as respostas para depois, o que importa no momento é resgatar os tripulantes com vida.