O AmazonLog 2017 deverá tornar-se o passo inicial na criação de uma Brigada Humanitária interagências sob o controle do Exército Brasileiro (EB).
O evento acontecerá em Tabatinga, tríplice fronteira Brasil-Peru e Colômbia, entre os dias 06 a 13 de novembro de 2017.
A informação foi dada no encerramento do Simpósio Internacional de Logística Humanitária, no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus.
De acordo com o comandante Logístico do Exército Brasileiro, o general-de-exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, a proposta é que o AmazonLog seja pontapé inicial na criação de uma Brigada Humanitária pronta para intervir em qualquer calamidade existente nos países sul-americanos, ajudando a população atingida por terremoto, furacão, enchente, seca (ou questões humanitárias).
Segundo o general, uma ação rápida e profissional faz a diferença nessas ocasiões. “Tivemos um terremoto no México recentemente, e vimos como é difícil mobilizar os meios de resgate e socorro. A dificuldade em reagir à calamidade pode fazer com que muitas pessoas morram por falta de um bom atendimento”, diz o general.
Segundo o comandante do CoLog, enchentes e incêndios florestais, tanto no Brasil quanto na Europa podem se complicar por falta de uma ação rápida e equipamentos adequados, e pessoas que não conseguem sair do epicentro da calamidade acabam se tornando vítimas.
Amazônia Conectada é desconectada
O comandante do CoLog também informou que devido a cortes orçamentários do governo federal, o Projeto Amazônia Conectada (rede de dados/internet com cabos de fibra ótica instalado pelo leito dos rios) teve sua sequência de construção suspensa.
De acordo com o general, as obras foram paralisadas na cidade de Tefé, sede da 16ª Brigada de Infantaria de Selva (16ª Bda Inf Sl).
“O Amazônia Conectada sentiu um pouco o controle de despesas do governo federal. Alguns aditivos de contratos que nós tínhamos foram afetados, como as ligações para prosseguir até Tabatinga, na calha do Solimões, depois passar pelos Rios Negro, Madeira, Purús e Juruá e a contratação de um provedor pra poder jogar esse cabo mãe para as escolas, comunidades e repartições públicas da própria cidade de Tefé”, explicou.
Segundo o general Theophilo, as obras serão retomadas, mas sem data definida para a sua conclusão. “Já foi eleito um comitê gestor com a representação do Ministério das Comunicações, Ciência e Tecnologia; Ministério da Defesa e Comando Militar da Amazônia representando o Exercito Brasileiro”, completou.