De acordo com informações confirmadas pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), os nove aviões de patrulhamento marítimo Lockheed P-3AM da Força aérea Brasileira, frota concentrada na Base aérea de Salvador (BA) e operada pelo 1º/7º GAv, Esquadrão Orungan, deverão passar por um processo de revitalização estrutural que incluirá a troca das asas dessas aeronaves. Para isso, deverá ser aberta uma concorrência internacional para selecionar a empresa que irá executar o serviço.
Procurado pela reportagem de T&D, o CECOMSAER informou que a expectativa é para que a revitalização estrutural das aeronaves P-3AM seja iniciada no próximo ano mediante a compra das asas. O trabalho será realizado no período da inspeção programada, previsto no plano de manutenção da frota.
As aeronaves P-3AM empregadas em todo território nacional representam o “estado da arte” em termos de sensores embarcados e capacidade operacional. Sua chegada possibilitou a retomada da capacidade de realizar missões antissubmarino e se tornou um dos vetores mais importantes para atividades de busca e salvamento, em função da grande autonomia e confiabilidade.
O projeto de modernização dos sistemas de missão iniciado nos primeiros anos da década de 2000, programa implementado pela então EADS-CASA (atual Airbus Defence & Space), envolveu um custo de cerca de U$ 500 milhões e propiciou a transferência de tecnologia para diversas empresas, entre elas a Fundação ATECH.
Os nomes dos potenciais concorrentes ainda não foram revelados, mas especula-se que EMBRAER, Lockheed Martin e Airbus Defence & Space estariam entre as empresas interessadas no negócio.
Na semana passada a Lockheed Martin retomou a produção das asas do P-3 para atender programas de revitalização das frotas de Canadá e Chile.
Ivan Plavetz