Por Ivan Plavetz
O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, e o presidente da Telebras, Antonio Loss, assinaram um termo de cessão de área relacionado à operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que será lançado no dia 21 de março.
A Força Aérea Brasileira (FAB) está cedendo uma área total de quase 70 mil m² nas cidades de Brasília (DF), Salvador (BA) e Florianópolis (SC) para as instalações de apoio ao satélite que, além de atender à área de defesa (banda X), também levará banda larga a todo o território brasileiro (banda Ka).
Segundo explicou o vice-presidente executivo da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), coronel José Vagner Vital, são dois terrenos na capital federal, na área onde já está instalada a antena de controle do satélite e outros dois em Florianópolis e Salvador, onde serão construídos os chamados gateways, para comunicação e distribuição de sinal do satélite.
“Além da Força Aérea Brasileira, Exército e Marinha também irão ceder áreas militares para o projeto, em Campo Grande (MS) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente”, explicou o coronel Vital.
Apesar da assinatura ter acontecido nesta segunda-feira (30), a cooperação da Força Aérea com o projeto de lançar um satélite que tenha uso dual, ou seja, civil e militar, existe desde sua concepção. “Isso porque, pela Estratégia Nacional de Defesa, nós, Aeronáutica, somos os responsáveis por fomentar a área espacial brasileira”, afirmou o presidente do CCISE, major-brigadeiro do ar Fernando Cesar Pereira Santos.
O presidente da Telebras aproveitou a ocasião para reforçar a importância do satélite não só na área de defesa, mas também na inclusão social e digital dos brasileiros. “Nenhuma região do País vai ficar de fora. Já em sua concepção, o objetivo do projeto é ajudar a construir um Brasil mais igual”, explicou Loss.
Para o comandante da Aeronáutica, o satélite irá mostrar a importância da questão espacial para o Brasil. Com isso, a população conseguirá entender o que isso representa.
“Precisamos mais do que antenas de solo para controlar, por exemplo, os quase 17 mil quilômetros de fronteira seca. A melhor solução de que dispomos hoje são os satélites”, disse.
Próximos passos
O SGDC está em etapa de finalização de testes em Cannes, na França, onde fica a sede da Thales Alenia Space, empresa fornecedora do equipamento.
Para o dia 14 de fevereiro está prevista a chegada do satélite à cidade de Kourou, na Guiana Francesa, onde está o centro espacial de onde vai acontecer o lançamento.