Argentina flerta com aquisição de caças chineses

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De acordo com fontes próximas, o FC-1/JF-17 estaria no topo das negociações. (Imagem: Chinese Internet)

De acordo com o jornal argentino Clarín, o Ministério da Defesa da Argentina enviará uma comissão técnica da Força Aérea do país para a China, visando avaliar a conveniência para aquisição de aviões de combate para substituir a frota de modelos da família Mirage. Após um mês da visita da presidente Cristina Kirchner a Pequim, esse poderá ser um importante passo adiante no desenvolvimento de uma aliança estratégica entre China e Argentina.

Negociações envolvendo esses aviões de combate transcorrem em sigilo e teriam como foco a compra de 14 a 20 exemplares. Conforme informou o diário, o modelo mais cotado seria o FC-1/JF-17 desenvolvido e fabricado pela local Chengdu Aircraft Corporation. A produção do modelo conta também com participação do Paquistão.

Por outro lado, há a opção correspondente ao J-10B também desenvolvido e produzido pela Chengdu. Um experiente piloto da aviação do Exército Popular da China (PLA) entrevistado pelo portal chinês China Military Online, periódico apoiado pelas FFAA chinesas, recomendou o J-10 por sua capacidade frente aos Typhoon do Reino Unido desdobrados para vigiar o espaço aéreo das Malvinas (ou Falklands). Segundo o oficial aviador Xu Yongling, os FC-1/JF-17 são mais baratos, mas representam “um desperdício” quando comparados aos J-10B. De acordo com ele, o J-10B tem capacidade de transportar mísseis ar-ar de fabricação chinesa cujas performances se equiparam aos estadunidenses BVR AIM-120 AMRAAM e WVR AIM-9 Sidewinder.

A matéria do Clarín pondera que os conceitos contidos nos aviões de combate chineses são desconhecidos até o momento pelos pilotos argentinos. Fontes dos meios aeronáuticos do país sul-americano confirmaram a viagem da comissão técnica que avaliará capacidades das aeronaves e a questão logística.

Os negócios com os chineses envolvendo aviões de combate não estão sendo comentados pelo governo, ao mesmo tempo que persistem as expectativas sobre outras propostas que ainda estão na pauta de discussões, como por exemplo, o Mirage F1 da Espanha, o Mirage 2000 da França e o Kfir Block 60 de Israel.

Ivan Plavetz
Fonte: Diário Clarín

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