A Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (NUCLEP), empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), concluiu a construção do casco do submarino Humaitá (SBR-2). A entrega da seção 2A, a última de um total de cinco que compõem o casco do SBR-2, foi realizada no dia 12 de dezembro.
O submarino Humaitá é o segundo em construção do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil. Fruto do acordo de cooperação e transferência de tecnologia firmado em 2008 entre o Brasil e a França, o PROSUB resultará na fabricação de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel-elétrica e do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear (SN-BR). A NUCLEP está encarregada da construção dos cascos resistentes dos submarinos, a parte estrutural considerada mais complexa.
O submarino Humaitá é o primeiro cujo casco resistente foi inteiramente construído no Brasil e demonstra a absorção de tecnologia e a capacitação dos envolvidos. Especialistas de diversas áreas, como engenharia e soldagem, foram enviados para a França para conhecer as técnicas de construção da indústria naval daquele país.
“Esse é um trabalho realizado em poucos lugares do mundo, e nós conseguimos fazer com qualidade”, destacou o diretor industrial da NUCLEP, Liberal Zanelatto.
Casco
A construção do casco do Humaitá teve início em setembro de 2013 com o corte da primeira chapa. A seção 2A é a maior, com 18,292 metros de comprimento, 6,2 metros na parte de vante e 5,74 na parte de ré. O peso total da seção é de 120 toneladas.
A expectativa é para que os quatro submarinos de propulsão convencional previstos no PROSUB estejam prontos no período entre 2017 e 2023, e o de propulsão nuclear, entre 2023 e 2025.
Apenas cinco países no mundo dominam a tecnologia para construção de submarinos nucleares: China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia.
Ivan Plavetz