Colômbia anuncia o Rafale como substituto do Kfir

Por Santiago Rivas (*)

O governo colombiano informou hoje, dia 21 de dezembro, que selecionou o Dassault Rafale como seu próximo avião de combate que substituirá os IAI Kfir no Comando de Combate Aéreo nº 1, em Palanquero.

O objetivo do governo é encomendar um lote inicial de 16 aeronaves, que seriam financiados em 10 anos. Na pré-seleção do Rafale, anunciada pelo Ministério da Defesa, segundo fontes da Força Aérea Colombiana (FAC), predominaram questões políticas, já que a FAC havia se proclamado a favor do F-16 Bloco 70, mas o governo de Gustavo Petro estava inclinado a não negociar com os Estados Unidos e a mirar em fornecedores europeus, onde, além do Rafale, estava sendo oferecido o Gripen, que não atendia às necessidades da Força, e o Eurofighter Typhoon Tranche 3, considerado superior em termos operacionais, mas com custos operacionais muito elevados.

Tanto o Rafale quanto o Typhoon foram limitados por seus altos custos operacionais, que são mais que o dobro dos custos de hora de voo do F-16 e do Gripen (que são similares), o que é uma preocupação para a FAC, que precisará ter o orçamento adequado para mantê-los operacionais.

Em relação ao Rafale, outro ponto que preocupou a FAC foi que a oferta de aeronaves não contemplava todas as capacidades da aeronave em uso no Armée de l’Air, embora fontes da força não tenham especificado quais são as capacidades degradadas. No entanto, também destacam que é uma aeronave que atende plenamente às necessidades da força em termos de operações.

O Typhoon, em relação ao Rafale, tinha as vantagens de melhor interoperabilidade com outras forças aéreas, mais suportes para armas ou sensores e melhor disponibilidade de peças de reposição, embora tenha custos operacionais ainda mais elevados, motivo pelo qual já havia sido descartado em as últimas negociações.

Quanto aos motivos da escolha do Rafale, por meio de nota a Presidência sustentou que até o momento “a proposta do Rafale é a melhor opção para o país em relação a preço, eficiência e operacionalidade. Uma hora de voo de um Rafale é aproximadamente 30% mais barata que a hora de voo de um Kfir (estimada em 89 milhões de pesos, cerca de 18.000 dólares)”, no entanto, integrantes da FAC sustentam que o número real de custo por hora de voo é significativamente maior.

Por outro lado, o Ministério frisou que ainda não há contratos assinados e que se trata de uma pré-negociação. “A oferta que o governo estudará tem um custo estimado de até 15 trilhões de pesos (cerca de 3.350 milhões de dólares), e não 26 trilhões de pesos, como foi dito de forma errônea”, disse o governo.

(*) Santiago Rivas é jornalista e fotógrafo argentino, especializado em defesa, editor da revista Pucará Defensa e colaborador de Tecnologia & Defesa na Argentina

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Respostas de 36

  1. O reinado do Gripen E como o “caça mais moderno” da região acabou antes mesmo de começar.

    A Colômbia escolheu o melhor caça de quarta geração. E eis que surge o novo rei dos ares da América Latina, vida longa ao poderoso Rafale, um caça de verdade!

    E tome lapada de realidade: os colombianos disseram que o Gripen E não atendia as necessidades da força. Vishhhhh

    A FAB nos jogou na maior furada do século. Caça totalmente limitado. Caça de verdade é o F-16, Rafale e afins. Ninguém quer o gripadinho. Até mesmo os Suecos já estão embarcando em caças de sexta geração. E no futuro? No futuro vamos ficar chupando o dedinho com esse caça obsoleto.

    1. Para de chorar ZÈ le direito o texto, não seria o mesmo modelo da França ou da Grécia e sim um inferior e outra em caso de guerra não adianta ter e sim MANTER essa foi a visão a FAB, visão certa pois nossos caçadores serão uma alcateia de lobos e como tal atacaram em grupos e apoiados em rede, a Colômbia pode comprar o F 35 que se não tiverem a estrutura de suporte de nada adianta.

      Sobre sexta geração cara respira toma uma agua e um remédio para ansiedade que esse negocio nem existe ainda e queimar largada e furada no mundo da engenharia então senta enquanto os adultos trabalham e Brasil precisa de escudo aéreo e não de um grande trunfo.

    2. Caramba viu, o que mais irrita na área da defesa é o pessoal com cabecinha de criança, gente com mentalidade de super trunfo. Pensar em termos de economia, eficiência ou sustentabilidade nem pensar, o que importa é ter o equipamento mais “cool”. Dane- se os colombianos comprarão um avião que não conseguirão manter, o que importa são as aparências, o negócio é alimentar a fantasia.

    3. O Rafale é um pouco mais pesado e potente, por isso leva mais carga que o Gripen E.
      Fora isso, no que o Rafale é mais avançado que o Gripen E? Em nada.
      São caças de mesma geração com capacidades de combate muito próximas, ambos possuem radares AESA com capacidades próximas, usam até o mesmo míssil BVR, o Meteor, ambos são muito ágeis e possuem sistemas de guerra eletrônica bem modernos.
      Não da para taxar o Rafale como superior, são equivalentes.
      A diferença é que a FAB adquiriu 40 e acredito que logo encomendaremos + 26, totalizando 66 unidades. E a Colômbia pretende adquirir 16.
      E a maior diferença é que a Colômbia fará uma compra de prateleira e o Brasil fez uma compra com grande participação industrial e transferências de tecnologias, que garantem um aprendizado muito maior e uma autonomia bem maior nas futuras manutenções das aeronaves, inclusive com acesso até aos códigos fonte para integração de novos armamentos no futuro. Essa independência de operação e manutenção e melhorias a Colômbia não terá com o Rafale.

    4. O fato do Gripen não atender as necessidades dos colombianos não significa que ele seja ruim, apenas não é o que eles precisam, em outras palavras, a doutrina de emprego da Colômbia não precisa ser idêntica com a do Brasil. Além disso para quem operou F5 até hoje, Mateus, o que é um caça de última geração novo com painel digital? Falando em doutrina, ter um avião como esse exige pilotos bem treinados, então os aviões por si só não podem ter todo o destaque: é preciso um profissional bem qualificado. E as pessoas esquecem disso.

  2. um banho de água fria em quem apostava no F16 ou GRIPEN… temos concorrente a melhor caça da América Latina. Boa aquisição da força colombiana!

    1. até onde me recordo, os sistemas embarcados do gripen são consideravelmente superiores ao Rafale, que é um projeto mais antigo. Outra coisa, a Colômbia vai produzir-los no país e assim poder transferir tecnologia e estimular sua indústria aeronáutica? Os aviões irão passar do (risível) número de 16 unidades ? Francamente, o ódio que alguns tem pelo Gripen é incompreensível

  3. sei não viu , eu ainda aposto no F16 KKK tão fazendo barulho pra ganhar um desconto, só acredito no rafale quando realmente o contrato for assinado.

  4. Algo me lembra um processo de aquisição… Governo anunciando Rafale, contestado pela própria força e que depois foi escolhido o que era tecnicamente ideal… alguém disse F-X2???

  5. Tá cheio de Rafalete aqui hein,rs !!!
    Nada assinado, nem quantidade informada, e sinceramente isso é jogada pra baratear o F-16 e falar que a h/v do Rafale é mais barata que a do Kfir é de doer .

  6. Bando de lunatico comentando aqui!! Os caras afirmar que o gripen é bomba e bla bla é muito coisa de gente idiota que não manja nada de questão militar. Deve ser um bando de criança brincando de rebelde querendo desprestigiar as coisas do próprio país para satisfazer sua vida de merda que possuem !! Bando de tonto

  7. Acho que o lobby francês fez a diferença, o Gripen é fabricado em parte aqui, com componentes feitos aqui; Manutenção podendo ser feita aqui; Treinamento em parte aqui.

    Avião mais barato de comprar e manter.

    Enfim.

  8. Em Pucará Defensa. Eis a razão pela qual o Gripen ainda não tem a capacidade ar-superfície habilitada:

    “Por outro lado, a FAC considerou que o Gripen não liderava em nenhum aspecto, mas sim, como explicou um oficial que fez parte do processo seletivo, “ era o segundo em tudo. O avião está tendo grandes problemas de integração no Brasil com seus sistemas ar-ar e ar-superfície, que não estão totalmente operacionais, estão em uma espécie de versão Beta. São problemas que não dizem em público ”, afirmou, acrescentando “ a precisão dos sistemas ar-superfície nem sequer é semelhante à do Elbit utilizado pelo Kfir, o F-16 e o ​​F-35 ” .

      1. Simples, a maioria tem rabo preso com o comando da FAB, que agraciou um monte por aí com medalhas. Quando não patrocinados pela SAAB, aí já viu, ninguém fala mal de quem está lhe dando um trocado.

  9. Com todo respeito aos colombianos…eu estou um tanto quanto pé atrás sobre isso ai…eu creio que seja estratégia, para provocar os outros competidores, a reduzirem os valores dos seus respectivos caças. Mas é impressionante, que até em lugares mais sérios como esse, tem gente que analisa militarismo, como um bando de garotos de 12 anos…já tem comentário, dizendo “gripen isso…gripen aquilo” pelo amor de Deus pessoal…

  10. Não é o Rafale pacote completo…é o Rafale com limitações, o que torna um avião inferior aos Gripens,aos f-16 chilenos e su 35 da Venezulela..
    melhor eles ficarem com os Kfir e fazer um up grade na frota!!!

  11. CONTA DE PADARIA. NÃO ME CRITIQUEM
    Último documento que achei (2016), um caçador da FAB estava limitado a 150 horas por ano.
    O Custo da hora voo do gripen por volta de US$ 10.000 e do rafale por volta de US$ 15.000 (se não for bem mais, pois tem infinitos valores na internet e decidi ser conservador).
    Considerando um período de 30 anos (esquecendo correção monetária) e que cada piloto só voa na sua própria aeronave:
    Gripen: 150 x 10.000 x 30: US$ 45 milhões por aeronave em custos de hora de vôo
    Rafale: 150 x 15.000 x 30: US$ 67,5 milhões por aeronave em custos de hora de vôo

    Considerando as 16 aeronaves da colômbia:
    Gripen: US$ 720 milhões em custo de horas de vôo
    Rafale: US$ 1,08 bilhões em custo de horas de vôo
    Diferença de quase US$ 300 milhões (ou US$ 10 milhões por ano).

  12. O Rafale é bi reator enquanto o Gripen mono reator…só isto explica, talvez, porque a Colombia optou como vetor para suas necessidades…não temos maiores informações, daí o custo de HV ser bem maior e a comparação de atualização são similares. Nem comparando off-set dá nesta situação mas boa sorte aos vizinhos , afinal Su’s tem na fronteiras deles tb…

  13. tem uns comentários muito geniais aqui hahahha
    tem “gente” achando que esse Rafale antigo é o moderno, tem gente achando que o Grippen oferecido pra Colômbia é o mesmo nosso. os caras não fazem ideia do que é tecnologia empregada.

  14. Hoje existe muito gente que conhece tudo e sabe de tudo .
    Rafael é melhor que Gripe, pode ser em alguns fatores.
    Porém é importante ressaltar que o Gripen será em maior número aqui e boa parte da estrutura fábrica na Embraer, outra coisa também é o R99 que compartilha mesma tecnologia da Saab que trabalho junto forma uma excelente linha de defesa que pontos países tem.

  15. Resumindo, se comprarem mesmo a rainha de hangar, vão continuar sem caças, não terão verba para manter, e com certeza a propina foi muito alta, esquerda sendo esquerda kkkkkkk

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