Exército completa a modernização dos Fennec

Aviação! Brasil!” – esse foi o brado do comandante do Exército, general de exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ao receber, simbolicamente, a última aeronave Fennec AvEx modernizada nesta fase do programa de modernização das aeronaves operadas pelo Comando de Aviação do Exército (CAvEx). Pilotos do Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) trouxeram de Taubaté (SP) a Brasília e pousaram o último Fennec. A aeronave ficou pousada entre o obelisco e a concha que ficam na frente do Quartel General do Exército (QGEx), o “Forte Caxias“, local da cerimônia de entrega da aeronave.

“A profícua parceria entre o Exército Brasileiro, por intermédio do Comando Logístico e a Helibras-Airbus, concluiu, com pleno êxito, o projeto de reconstrução e de modernização de 34 helicópteros Esquilo e Fennec, incluindo o treinamento de pessoal; a verificação da conformidade do primeiro helicóptero e o fornecimento de documentação técnica. Os benefícios dessa parceria para a Aviação do Exército, bem como para a base indústria de Defesa brasileira, são inegáveis…”, considera o general Paulo Sérgio.

O Comandante do Exército destacou os novos recursos dessas aeronaves. “A digitalização do painel de instrumentos, compatibilizado para o emprego de óculos de visão noturna e a instalação do piloto automático, inexistente na versão original da aeronave, entre outros pontos de modernização, permitiram agregar novas capacidades ao emprego dos helicópteros que são essenciais ao combate moderno, assim como trouxeram novas expertises à cadeia produtiva instalada no País,” resumiu.

Agora, serão mais 25 anos com 34 aeronaves adaptadas ao que existe de mais moderno na aviação de asa rotativa. Ainda em suas palavras, o general Paulo Sérgio parabenizou os militares da Aviação do Exército e lembrou de outras iniciativas nessa área, incluindo a futura aquisição de uma aeronave de ataque.

Os helicópteros Fennec AS550 A2 e Esquilo AS350 L1 foram modernizados em Itajubá (MG) pela Helibras, em parceria com outras empresas que trouxeram mais tecnologia à industria de Defesa brasileira. O programa de modernização teve início em janeiro de 2012 e o término está previsto para 2024 com a modernização dos Panteras e a aquisição de novas aeronaves.

O diretor de Material de Aviação do Exército (DMAvEx), general de brigada Anysio Luís Crespo Alves Negrão, reconheceu a importância dos antigos chefes que participaram do processo decisório desde o início do programa de modernização. Ele lembrou de uma marca dos projetos do Exército. “É preciso terminar o que foi começado”, disse o general, ao agradecer aos antigos chefes e comandantes que priorizaram o programa de modernização na medida certa e, dessa forma, garantiram as entregas de acordo com o cronograma. “Terminamos uma fase da nossa transformação, que se iniciou em 2011, com a celebração do contrato 162 com a Empresa de Helicópteros do Brasil (Helibras), cujo escopo era reconstrução e modernização dos Esquilos e Fennec da frota da Aviação do Exército”, discursou o general Negrão.

A modernização foi necessária devido a questões econômicas e de emprego tático. “Volto àquele ano de 2011, quando nossa frota de Esquilo somava mais de 20 anos de sucesso, contudo já começava a apresentar um aumento crescente nos custos e na sua sustentabilidade logística, bem como havia uma previsão de obsolescência de diversos equipamentos. Após estudos realizados pela própria DMAVEx, foi decidido realizar o projeto de dois helicópteros e modernização de mais de 32 aeronaves Esquilo-Fennec e que permitisse avançar a Aviação do Exército para uma grande padronização de equipamentos; atualizar tecnologicamente nossas aeronaves; aumentar os nossos níveis de segurança de voo e, o principal, oferecer novas capacidades para a Força Terrestre”, acrescentou o general Negrão.

O presidente da Helibras, Jean-Luc Afonsi, agradeceu a parceria e entregou uma réplica do Fennec ao comandante do Exército. “As novas aeronaves modernizadas do Exército operam hoje com sistemas ultramodernos. Para a Helibras, foi uma grande conquista poder contar com técnicos, pilotos e engenheiros militares nesse processo. Isso agregou novos conhecimentos e capacidades industriais”, disse ele.

O evento contou com a presença do chefe do Estado-Maior do Exército (EME), general de exército Marcos Antônio Amaro dos Santos, e do comandante Logístico (COLOG), general de exército Estavam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ambos oficiais do Alto Comando do Exército ligados à conclusão dessa fase de reformulação da Aviação do Exército. A solenidade contou, ainda, com a presença do Alto Comando do Exército, de oficiais generais do QGEx e de antigos comandantes da DMAvEx.

O major de Cavalaria Lucena de Oliveira e o major de Artilharia Cesar Meira de Araújo pilotaram a aeronave de Taubaté (SP) à Brasília (DF), juntamente com o mecânico de voo, terceiro-sargento Daniel Porto Silva Artiles Carneiro.

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx)

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Comentários

6 respostas

  1. De vez de compra novos meios para futura escola de asa rotativa, os Fennec não poderia atender esse requisito???

  2. Boa tarde!
    Como diz no texto: quais são as novas capacidades de combate que essas aeronaves receberam com essa modificação?
    Seria atualização de aviônica ou ganharam novas capacidades de disparo de outro tipo de armamento?
    Obrigado pela atenção!

    1. Ha um estudo separado e complementar pra armar 20 helicopteros entre estes e o pantera. Não está incluido nesta modernização.

  3. Duas perguntas. 1) nao eram 36 aparelhos? 2) e os pantera estes sim.sendo 34, quantos ja foram modernizados?

    1. Dos 36 aparelhos originalmente adquiridos, em 02 lotes (16 + 20), 04 se acidentaram. Destes, 02 foram recuperados e modernizados. Somam-se aos outros 32 HA-1 modernizados – total = 34. Nova denominação: HA-1A.

      1. Isso mesmo. E os Pantera, dos 36, restavam 34, e desses, 1 se acidentou neste ano na região norte. Não sei se sua recuperação será possível ou se foi perda total. Desses 34, ou 33, mais de 20 já foram modernizados, com o final do processo previsto para 2024.

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