- EVENTO DISCUTIU OS IMPACTOS DA QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA SEGURANÇA INTERNACIONAL E JÁ TEM EDIÇÃO SEGUINTE CONFIRMADA PELA FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER
Com inscrição recorde – 1750 – e cerca de 600 participantes, foi realizada nesta sexta-feira, 20, a XVI Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana na Escola de Guerra Naval, na Urca, no Rio de Janeiro. O evento teve como tema “A Quarta Revolução Industrial: Impactos na Segurança Internacional e a Reformulação da Ordem Global” e contou com especialistas nacionais e internacionais, entre eles, Fernando Azevedo e Silva, Ministro da Defesa do Brasil; Thomas Bareiß, membro do Parlamento Federal Alemão (Bundestag) e Secretário Parlamentar do Ministério da Economia e Energia da Alemanha; Antônio Sampaio, pesquisador Associado ao Instituto Internacional de Estudos Estratégicos do Reino Unido; Laura Albornoz Pollmann, Senior Fellow do Centro Latino-Americano Adrienne Arsht, Atlantic Council, Chile e Joana Chagas, Gerente de Programas da ONU Mulheres.
Tema da Conferência, a “Quarta Revolução Industrial” foi destaque no primeiro painel do dia, mediado por Alfredo Valladão, professor da Escola de Assuntos Internacionais, Sciences Po, França e com participações de Henning Speck, assessor de Política Externa e Segurança do Grupo Parlamentar CDU/CSU da Alemanha; Antônio Sampaio, pesquisador Associado ao Instituto Internacional de Estudos Estratégicos do Reino Unido; Ronaldo Carmona, professor da Escola Superior de Guerra e Sabrina Medeiros, professora da Escola de Guerra Naval. Eles debateram assuntos como cooperação internacional em meio a uma era cada vez mais digitalizada, o risco do uso indevido de tecnologias por organizações não-estatais e atentaram para a importância de micro-organizações e projetos espalhados, menos percebidos no processo de composição de questões de segurança.
Intitulado “A Inteligência Artificial no Equilíbrio de Poder da Política Internacional”, o segundo painel do dia teve como foco a relação da máquina e do homem em um mundo em que as relações são cada vez mais cibernéticas. Até que ponto uma automatização de serviços e setores, entre eles o de armamento e de defesa, pode ser benéfica para a sociedade? Quais os riscos e benefícios de se substituir o capital humano em zonas de guerras? Moderado por Carlo Masala, professor da Universidade Bundeswehr de Munique, o painel contou com Guido Amin Naves, General de Divisão e Comandante do Comando de Defesa Cibernética do Exército; Alcides Vaz, Professor da Universidade de Brasília; Benjamin Fricke, Conselheiro de Política de Segurança da Fundação Konrad Adenauer na Alemanha e Luciana Marroni e Contra-Almirante e Diretora de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha do Brasil. Entre outros assuntos, discutiram a internet das coisas, a balança de poder das potências a partir da capacidade de criar e dar uso a tecnologias e às perspectivas pessimistas para o futuro em relação ao desenvolvimento da inteligência artificial e uso de armas autônomas.
“A última decisão em uma guerra cibernética tem que permanecer com o ser humano”, afirmou o General Guido Amin Naves, que ressalta que a máquina é configurada a partir de algoritmos criados por humanos. “A máquina não pode alterar seu próprio algoritmo. Mas isso não é uma questão de ‘se’, e sim de ‘quando’”.
Fechando o evento, o terceiro painel trouxe “O Fator de Gênero na Segurança Internacional”, momento que reuniu a moderadora Irene Ginerl-Reichl, embaixadora da Áustria no Brasil, e as palestrantes Dalva Mendes, Contra-Almirante da Marinha do Brasil; Marcia Andrade Braga, Capitã-de-Corveta e Encarregada da Escola de Operações de Paz de Caráter Naval; Laura Albornoz Pollmann, Senior Fellow do Centro Latino-Americano Adrienne Arsht, Atlantic Council, Chile e Joana Chagas, Gerente de Programas da ONU Mulheres. Durante a discussão, as cinco mulheres enfatizaram o conceito de gênero como construção social, que gera expectativas sobre os indivíduos, seus modos de agir e potencial. Acesso igualitário à educação, informação e proteção, igualdade de gênero no debate de processo de luta pela paz e participação feminina nas tomadas de decisão também foram demandas destacadas no painel.
“Estamos no meio dos homens, se dizia antigamente”, afirmou Dalva Mendes ao exibir imagens de oficiais mulheres em meio a ambientes militares, “mas na verdade, estamos no mundo”.
Principal fórum sobre segurança internacional da América Latina, a Conferência é organizada pela Fundação Konrad Adenauer (KAS) em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), e com apoio da Delegação da União Europeia no Brasil.
A edição de 2019 bateu recordes de inscrições demonstrando o interesse nos assuntos debatidos. Comemorando o resultado, Anja Czymmeck, diretora da KAS, anunciou que a Fundação já trabalha na organização da 17 ª edição.
Sobre a Fundação Konrad Adenauer
A Fundação Konrad Adenauer (KAS) é uma fundação política alemã, independente e sem fins lucrativos. Atua com base nos valores da União Democrata-Cristã (CDU), partido político alemão. Promove a Democracia, o Estado de Direito, os Direitos Humanos e a Educação Política, bem como a Economia Social de Mercado e o desenvolvimento descentralizado e sustentável. Presentes no Brasil desde 1969, reúne lideranças atuais e futuras da política e da sociedade, bem como formadores de opinião no universo acadêmico. Trabalha sempre com parceiros locais e incentivamos o diálogo sobre os principais desafios do país.
Sobre o Centro Brasileiro de Relações Internacionais
O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) é o think tank de referência em relações internacionais do Brasil: independente, apartidário e multidisciplinar, é pautado pela excelência, ética e transparência na formulação e disseminação de conteúdo de alta qualidade sobre o cenário internacional e o papel do Brasil. Conectado à agenda internacional, o CEBRI identifica e analisa as mais relevantes questões internacionais, promovendo o engajamento entre a produção de conhecimento e a ação política. Ao longo de dezoito vinte anos de história, já realizou cerca de 500 eventos, produziu mais de 200 publicações e atua com uma rede internacional de mais de 100 entidades de alto nível em todos os continentes. A instituição se destaca por seu acervo intelectual, pela capacidade de congregar múltiplas visões de renomados especialistas e pela envergadura de seu Conselho Curador.
Sobre a União Europeia
O Brasil é um dos principais parceiros e interlocutores da União Europeia no mundo. A União Europeia e o Brasil estabeleceram relações diplomáticas em 1960 e tem desenvolvido, ao longo dos anos, laços estreitos de natureza histórica, cultural, econômica e política. As relações bilaterais continuaram a crescer e se ampliar, culminando com a Parceria Estratégica entre o Brasil e a União Europeia, em 2007. Desde então, o Brasil e a União Europeia têm realizado cúpulas regulares focalizando os principais desafios globais, assim como aprimorando nossas relações diretas. Os temas centrais da parceria incluem crescimento econômico, cooperação em questões essenciais de política externa e o enfrentamento conjunto de desafios globais em áreas como os direitos humanos e as mudanças climáticas, bem como a luta contra a pobreza. O Brasil e a União Europeia também são parceiros comerciais e os países da União Europeia respondem por mais de 20% das exportações brasileiras. Além disso, a União Europeia é o maior investidor estrangeiro no Brasil, sendo que cerca de 60% dos investimentos estrangeiros no País se originam na União Europeia.
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