100 anos da Aviação Naval: ministro homenageia piloto desaparecido

Durante A cerimônia comemorativa pelos 100 anos da Aviação Naval, ocorrida na última sexta-feira na Base Aeronaval Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, prestou homenagem ao capitão-de-corveta Igor Bastos, desaparecido após acidente  com o avião de combate AF-1 Falcão que pilotava no último dia 26 de julho.

“Faço uma sincera e emocionada homenagem ao capitão-de-corveta Igor Bastos, ainda desaparecido no mar após acidente ocorrido em treinamento. Estendo meus sentimentos a seus familiares e irmãos de farda”, disse o ministro.

Segundo Jungmann, “Essa lembrança traz a mim o dever de agradecer e cumprimentar enfaticamente todos os tripulantes aeronavais brasileiros por seus sacrifícios, por seu profissionalismo, por sua abnegação e dedicação à Pátria. Parabéns a todos os aviadores que protegem, do ar, a nossa soberania no mar”.

Aviação naval

No palanque, Jungmann iniciou discurso onde destacou a participação da Força Naval nos Jogos Olímpicos. (Imagem: Tereza Sobreira/MD)
No palanque, Jungmann iniciou discurso onde destacou a participação da Força Naval nos Jogos Olímpicos. (Imagem: Tereza Sobreira/MD)

No palanque, Jungmann iniciou discurso que destacou a participação da Força Naval nas Olímpiadas.  “A Marinha colocou à disposição dos jogos oito mil homens e mulheres e não poderia deixar de me referir ao comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, ao chefe do EMCFA, almirante Ademir, e ao comandante do 1º Distrito Naval, almirante Leonardo Puntel, que estiveram ombro a ombro enfrentando aquele desafio”.

Em seguida, Jungmann falou sobre a cerimônia que transcorria na BAeNSPA: “A Aviação Naval no Brasil começou com a criação da Escola de Aviação Naval na Ilha das Enxadas, no Rio de Janeiro, em 1916. Ainda não se haviam passado 10 anos desde que o 14 Bis de Santos Dumont levantara voo em Paris, em 1907, quando o pioneirismo e o entusiasmo de outro brasileiro, o primeiro-tenente da Marinha Jorge Henrique Möller, primeiro militar brasileiro que conquistou um ‘brevet’ de piloto, impulsionaram o surgimento da aviação militar no Brasil”, destacou.

Em sua mensagem, o almirante Leal Ferreira também deu ênfase sobre a importância da aviação da Marinha. Na ordem do dia, o comandante da Força Aeronaval, contra-almirante Sérgio Nathan Marino Goldstein, apresentou o histórico da aviação. “O sonho dos pioneiros de criarmos um braço aéreo em apoio a nossa Marinha escreveu belos e valorosos capítulos de superação, com a perda de companheiros que sacrificaram a própria vida em prol de um ideal”, ressaltou Goldstein.

“Porém, a nossa história é de contínua evolução. Ao olharmos o futuro perceberemos a necessidade de nos atualizar, com a renovação de nossos meios. Assim é que a Marinha adquiriu os novos helicópteros MH-16 ‘Seahawk’ e UH-15 ‘Super Cougar’, iniciou a modernização dos AH-11A ‘Super Lynx’ e dos AF 1A/B ‘Skyhawk’, bem como planeja substituir os valorosos UH-12/13 [Helibras HB-350/HB-355 Esquilo]e o IH-6B [Bell 206 Jet Ranger III], haja vista o término de vida útil”, afirmou o contra-almirante.

Selos, medalhas e livros

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Ministro Jungmann passou em revista às tropas durante homenagens aos 100 anos da Aviação Naval. (Imagem: Tereza Sobreira/MD)

Durante a cerimônia, também houve a entrega do Diploma do Mérito Naval. Em parceria com o Correios, foi feito o lançamento de selo comemorativo aos 100 anos da Aviação Naval. Coube a Casa da Moeda apresentar e lançar a medalha em ouro e em prata também alusiva à data.

Já a Fundação Getúlio Vargas (FGV) produziu um livro comemorativo aos 100 anos da Aviação da Marinha. O evento foi encerrado com desfile das tropas da BAeNSPA e o sobrevoo de helicópteros e de um AF-1 do Esquadrão VF-1. O comando da Força Aeronaval tem hoje 62 helicópteros e 22 aviões.

Ivan Plavetz

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