Trump afirma no Conselho de Segurança da ONU: O Irã não terá a bomba (nuclear).

O presidente do Conselho de Segurança da ONU, e também presidente dos Estados Unidos da América, Mr. Donald Trump discursou ao Conselho nesta quarta-feira (26) durante sessão solene, e declarou de forma clara e objetiva que os Estados Unidos vão garantir que o Irã não tenha uma bomba nuclear.

Antes de proferir esse duro alerta direcionado a Teerã, Trump salientou a premente necessidade da Comunidade Internacional aumentar o controle sobre as armas de destruição em massa químicas, biológicas e/ou nucleares, e sobre os MEIOS e tecnologias usados para entregar essas armas em seus destinos (ver adendo sobre o MCTR ao final do artigo).

Trump também disse que pretende buscar sanções ainda mais severas contra o Irã: “Mais duras do que nunca”. Além disso, o norte-americano acusou formalmente o Irã de incentivar a guerra na Síria e de ser o maior patrocinador do terrorismo, inflamando conflitos na região e no mundo.

Donald Trump ao lado da embaixadora americana na ONU, Nikki Haley (Estadão).

Completando a série de afirmativas, Trump disparou, olhando para o representante da Rússia “A carnificina do regime sírio na Síria é permitida pela Rússia e pelo Irã”.

O clima de constrangimento diplomático ficou evidente.

A seguir, Trump passou a fala ao presidente da França, momento em que o Departamento de Estado Norte-Americano encerrou a transmissão pelo Facebook.

Conflito entre Israel e Palestina

Antes de falar ao Conselho de Segurança, Trump reuniu-se com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e declarou que “gosta da opção de dois Estados” para resolver o conflito entre Israel e Palestina. Afirmou também que em até quatro meses apresentará seu plano de paz.

A declaração poderia ser a primeira demonstração pública de apoio a uma solução de dois Estados para o conflito, o que pode ser interpretado como um avanço nesse complicado processo de restauração da paz na região.

Novo encontro com Kim Jong-Un

Trump também anunciou nesta quarta-feira que deverá novamente se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O local e a data da reunião, segundo ele, ainda serão divulgados – mas já adiantou que o evento acontecerá “em um futuro próximo”.

Ao chegar à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Trump disse que a relação entre os dois países está “satisfatória” e que houve “progressos” desde o ano passado – referindo-se a não realização de testes nucleares ou lançamentos de mísseis por parte dos norte-coreanos há pelo menos um ano.

Venezuela

O presidente dos Estados Unidos também declarou a jornalistas, antes de discursar em Nova York, que está disposto a se reunir com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se isso ajudar a Venezuela.

“Todas as opções estão na mesa. Todas. As mais fortes e as mais brandas. Cada opção – e vocês sabem o que quero dizer com forte”, declarou. (no jogo de propaganda encenado pelo regime de Maduro, esse tipo de declaração só fortalece o mito de uma Intervenção Militar internacional patrocinada pelos EUA).

Perguntado sobre um possível encontro com Maduro, Trump respondeu: “Se ele estiver aqui, se ele quiser se encontrar… isso não estava na minha cabeça, não era minha ideia, mas se eu puder ajudar as pessoas é para isso que estou aqui”.

 Reserva de Mercado para os Países mais ricos?

A transmissão do discurso de Donald Trump ao Conselho de Segurança da ONU foi apresentada com a seguinte legenda, pelo Departamento de Estado (em inglês): Secretary Pompeo joins President Donald Trump at a UN Security Council meeting on counterproliferation at the United Nations, in New York City.

O termo “contraproliferação“, citado por Trump em seu discurso, refere-se a esforços diplomáticos, de inteligência e militares para combater a proliferação de armas, incluindo armas de destruição em massa, mísseis de longo alcance e certas armas convencionais. Não proliferação e controle de armas são termos relacionados.

Esse é um tema que atinge o Brasil e sua Base Industrial de Defesa e Programa Espacial.

A campanha de voos de testes do Avibras Aeroespacial MTC-300 será retomada até o final de 2018.

O MTCR, ou Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (regime multilateral de controle de exportação) pode ser entendido como um instrumento de intrusão na soberania dos membros e uma forma que alguns poucos Países encontraram para controlar o lucrativo mercado de mísseis, foguetes, sistemas de propulsão, e demais tecnologias relacionadas, usando como “álibi” a segurança mundial.

Segundo seus criadores, o MTCR seria uma parceria informal e voluntária entre 35 países para evitar a proliferação de mísseis e tecnologia de veículos aéreos não tripulados capazes de transportar cargas acima de 500 kg por mais de 300 km.

Segundo texto na página da Associação Internacional de Controle de Armas, que descreve os SUCESSOS obtidos pelo MTCR desde a sua criação, esse instrumento teria sido bem sucedido em ajudar a retardar ou interromper vários programas de mísseis balísticos (pois é assim que os Programas Espaciais de muitas Nações periféricas são entendidos): “Argentina, Egito e Iraque abandonaram seu programa conjunto de mísseis balísticos Condor II. O Brasil e a África do Sul também arquivaram ou eliminaram programas de mísseis ou veículos espaciais (uma clara referência ao VLS, que primeiro explodiu e depois sofreu na prancheta um downgrade, tornando-se assim o VLM).

Ainda segundo esse mesmo texto, alguns países do Leste Europeu, como a Polônia e a República Tcheca, destruíram seus mísseis balísticos, em parte, para melhorar suas chances de ingressar no MTCR.

A parte mais interessante do texto, destacada pela reportagem ”Em outubro de 1994, para tornar mais uniforme a aplicação das Diretrizes do MTCR, os Estados membros estabeleceram uma política de “não solapamento”, significando que se um membro nega a venda de alguma tecnologia para outro país, então todos os membros devem dizer não (o que configuraria a reserva de mercado, cerca de sete nações controlando todo o negócio de mísseis e foguetes e dificultando o acesso de quaisquer novos “membros” ao clube)”.

Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o interesse em aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial Brasileiro,  desenvolvendo dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.

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