Míssil Sea Ceptor e Torpedo F.21, as futuras armas da Marinha

MBDA Sea Ceptor

O sistema de mísseis MBDA Sea Ceptor entrou oficialmente em serviço com a Royal Navy no último dia 24 de maio, anunciou o secretário de Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson.

Segundo o secretário “O Sea Ceptor protegerá o Reino Unido contra as crescentes ameaças de hoje e do futuro, dando aos nossos navios um poderoso escudo contra tudo, desde mísseis supersônicos até caças inimigos. Atualizar nossa esquadra com esta tecnologia não apenas protege nossa Marinha, mas confirma a nossa liderança global no mar” destacou Gavin.

O Sea Ceptor foi desenhado para defender um grupo de navios contra ameaças aéreas de asas fixas ou rotativas, outros mísseis (incluindo os sea skimming) e armamentos stand-off.

Desenvolvido e fabricado pela pelo consórcio europeu MBDA através de contratos firmados com o Ministério da Defesa britânico no valor de cerca de £850 milhões de libras, tem como missão proteger a real frota britânica, incluindo aí os novos porta-aviões Classe Queen Elyzabeth.

Algumas fragatas Type 23 já receberam os módulos lançadores, e o próximo navio inglês a ser convertido, o HMS Argyll (F231), deverá iniciar um cruzeiro operacional pela região Ásia/Pacífico assim que for liberado para retornar ao serviço.

O sistema MBDA Sea Ceptor construiu um excelente conceito no Almirantado brasileiro, sendo pré-selecionado em 2014 para armar as novas Corvetas da Classe Tamandaré (CCT).

No entanto, rumores indicam que a proposta vencedora do RFP da CCT poderá influir na escolha do pacote de sensores e armas, e outro míssil poderá ser selecionado, apesar da clara preferência da Marinha do Brasil pelo armamento europeu.

F.21, torpedo pesado.

O consórcio francês Naval Group anunciou a realização, no início do mês de maio, de mais uma campanha de lançamento do torpedo F.21 no âmbito do programa Artémis, mantido pela Direction Générale de l’Armement (DGA).

A DGA pretende equipar todos os submarinos da Marinha Francesa (Marine Nationale) com este torpedo pesado no médio prazo.

Lançado a partir de um submarino de ataque de propulsão nuclear (SSN) usando a raia acústica submarina da DGA em Hyères (França), o F.21 cumpriu todos os requisitos colocados para a bateria de testes. “Este novo teste feito a partir de um submarino nuclear faz parte do processo de qualificação do F21 e reforça nossa confiança no torpedo, sujeito a um cenário de teste operacional particularmente exigente”, explicou Damien Raby, diretor da Unidade de Negócios de Armas Subaquáticas do Naval Group.

O F.21 é o torpedo de combate que vai armar submarinos da Marinha da França a partir de 2019. O lançamento foi realizado de acordo com o procedimento previsto e a comunicação com o submarino ficou operacional durante todo o exercício.

Os dados gravados em tempo real deram uma visão completa de toda a missão, validando assim a realização de todos os objetivos.

O F.21 possui alcance e velocidade excepcionais e foi planejado para evoluir tanto pelo fundo do mar como em áreas costeiras muito ruidosas e muito densas no tráfego marítimo.

Com um poder computacional muito alto, o que lhe dá excepcional capacidade de processamento em tempo real, o torpedo se beneficia de um avançado sistema de missão e maior autonomia.

Essas características técnicas ampliam enormemente as possibilidades de emprego tático com excelente capacidade de discriminação de alvos, especialmente em ambientes difíceis.

O contrato inclui o desenvolvimento e entrega de uma centena de torpedos F.21, bem como a sua integração nos submarinos franceses.

A Marinha do Brasil também selecionou o torpedo pesado F.21 para equipar seus quatro submarinos S-BR (Scorpenne modificado) que estão sendo preparados para entrar em serviço.

O primeiro deles, o S40 Riachuelo, deverá ser lançado ao mar ao final de 2018, iniciando assim a fase de testes de porto e de mar antes de sua aceitação final para serviço em 2021/2022.

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