Indústria nacional de Defesa e as forças de segurança pública

Aproximar a Base Industrial de Defesa (BID) das Forças de Segurança Pública e ampliar as possibilidades de negócios internos para as empresas nacionais. Esse foi o objetivo do Ministério da Defesa ao realizar uma palestra com representantes do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Bombeiros Militares (CNCG) e da Diretoria de Administração e Logística Policial da Polícia Federal, no segundo dia da 4ª Mostra BID-Brasil.

No debate, representantes da segurança pública apresentaram a uma plateia de empresários quais são as principais demandas por equipamentos e produtos que eles terão nos próximos anos. Tecnologia e integração de sistemas despontaram entre as principais necessidades e, como grande desafio a ser suprido, não apenas pelas indústrias de defesa, como também pelos diversos parques tecnológicos existentes no País.

O coronel Fernando Arantes, diretor de tecnologia da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais explicou que atualmente o trabalho da segurança pública depende cada vez mais do uso da tecnologia de ponta, o que dá mais agilidade na solução de diversos crimes. A PM de São Paulo, por exemplo, faz uso de câmeras instaladas em diversos pontos do estado que fotografam e fazem o envio de informações das placas de carros. Esse mecanismo resultou num aumento significativo na solução de casos de roubos de veículos.

No entanto os representantes das forças de segurança destacaram que ainda existe uma dificuldade na transmissão dessas informações de forma segura. “Somos carentes de projetos de infraestrutura de transmissão de dados. Precisamos fomentar a discussão em torno disso, para que tenhamos, no futuro, estruturas cada vez mais integradas”, avaliou o diretor de tecnologia da PM mineira.

O presidente da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), Frederico Aguiar, agradeceu a oportunidade de poder ouvir de forma tão clara as demandas do setor. “A indústria nacional é bem diversificada, nós temos excelência em diversos nichos e podemos oferecer o que há de mais moderno em tecnologias, tanto em produtos, quanto em serviços de software e em todas as cadeias produtivas, desde que a gente consiga saber com antecedência o que vai ser adquirido”, explicou.

“O anseio do empresário é participar da criação do projeto base da Força Armada ou da força auxiliar, seja Polícia Federal, Militar ou Civil, porque isso será significativo para que a gente tenha, na hora em que for ser feita a aquisição, o produto para oferecer”, enfatizou.

Para o diretor do Departamento de Catalogação do Ministério da Defesa, almirante Antônio Carlos Guerreiro, essa foi uma oportunidade única de unir os setores de defesa e segurança, o que deverá render frutos para ambos os lados. “Sem dúvida, aqui, as forças de segurança vão encontrar boas soluções para suas demandas”, disse.

Ivan Plavetz

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