Foi inaugurado na manhã de hoje, na cidade de Corumbá (MS), uma estação radar para reforçar o sistema de monitoramento e controle de tráfego aéreo na região da fronteira Brasil/Bolívia. O foco é a melhoria da cobertura em baixas altitudes da presença de aeronaves não autorizadas. O evento contou com diversas autoridades civis e militares, dentre elas o presidente da república Jair Messias Bolsonaro.
A inserção dessa nova estação proporcionará uma complementação na cobertura da região, que faz parte da fronteira oeste do Brasil, hoje coberta por radares de vigilância de rota, não abrangendo toda a extensão do território.
O novo radar primário LP23SST-NG e secundário RSM970S podem atuar tanto para garantir a segurança operacional das aeronaves que voam regularmente na região, como atuar na detecção de voos ilícitos.
O radar LP23SST-NG, de função militar, faz parte de uma nova geração de radares primários de longo alcance, podendo chegar a mais de 400 km. É equipado com capacidade de altimetria que permite a identificação tridimensional precisa dos alvos, além de funções de contramedidas eletrônicas que protegem os radares de interferências eletromagnéticas intencionais ou não. Os radares ainda permitem a detecção de aeronaves com velocidades baixas ou nulas, como os helicópteros, ou com velocidade e capacidade de manobra elevadas, como os aviões de caça.
O acordo entre a Força Aérea Brasileira (FAB), e a empresa Omnisys, subsidiária do Grupo Thales no Brasil, foi firmado em 2018 e prevê a instalação de sistemas de vigilância nas cidades de Porto Murtinho (MS) e Ponta Porã (MS). O acordo de cooperação contou com repasse de R$ 140 milhões do Ministério da Justiça e Segurança Pública para a FAB.
De acordo com a FAB, os locais foram escolhidos devido ao número de aeronaves observadas entrando no país de maneira irregular pela região e pelas eventuais falhas na cobertura de radar naquela área do mapa.
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