DCNS testa sistema contra terrorismo e pirataria

(Imagem: US Navy)
(Imagem: US Navy)

A DCNS realizou no porto de Toulon, local onde está localizada a principal base naval da Marinha da França, uma demonstração de resposta em tempo real para neutralização de ações de ataque assimétrico por parte de terroristas ou pirataria. A reação foi gerenciada por um  sistema resultante de vários anos de pesquisas e desenvolvimento implementado pela empresa, que integra tecnologias de ponta como geração de imagens de vídeo em ultra-alta definição, realidade aumentada e poderosos algoritmos para a detecção de comportamentos ameaçadores. O propósito deste sistema é acelerar a tomada de decisões e evitar danos colaterais em situações de ataque prováveis.

A operação aconteceu na última quarta-feira (10), ocasião em que a Marinha da França proporcionou apoio técnico e operacional em larga escala, simulando ataques terroristas e de pirataria. O sistema permitiu rápida implementação de medidas defensivas eficazes em águas litorâneas.

Com uma rede de câmeras que cobrem um campo de visualização de 360 graus, o sistema é capaz de observar pontos posicionados a vários quilômetros ao redor do navio. As informações coletadas são sobrepostas em imagens de realidade aumentada para facilitar a análise dos diferentes objetos em movimento nas proximidades (barcos de recreio, de pescadores ou piratas). Em caso de movimentação suspeita, o operador pode usar uma potente lente zoom para confirmar se a ameaça é real. A resposta vai desde a simples emissão de um alerta sonoro, ou sinal luminoso até um disparo de advertência para autodefesa. Graças a uma câmera conjugada no armamento embarcado, o navio pode certificar-se previamente se não há nenhum risco de danos indesejados.

O novo sistema permite permanente monitoramento do que ocorre ao redor de navios. (Imagem: DCNS)
O novo sistema permite permanente monitoramento do que ocorre ao redor de navios. (Imagem: DCNS)

Durante o funcionamento do sistema, o panorama situacional de 360 graus é exibido permanentemente em uma tela localizada na ponte de comando do navio e para todos os operadores de autodefesa do navio. Esse compartilhamento das informações geradas permite uma abordagem situacional colaborativa. O conceito pôde ser conhecido durante a Euronaval 2014.

Compatível com um grande número de tipos de navio, o sistema da DCNS tem capacidade de  operar de maneira autônoma ou  integrada dentro de um Sistema de Gestão de Combate (CMS) recebendo informações fornecidas por outros sensores do navio, incluindo aquelas recebidas por veículos aéreos não tripulados (VANT).

Ivan Plavetz

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