Na manhã de hoje, 04 de outubro, a Marinha do Brasil (MB), através da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), realizou a cerimônia do corte da primeira chapa da seção de qualificação do futuro submarino nuclear brasileiro (classificado na Força naval como submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear, ou SCPN), no Complexo Naval de Itaguaí (CNI).
A cerimônia foi presidida pelo diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante-de-esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, e contou com a presença dos almirantes-de-esquadra Flávio Augusto Viana Rocha e Alexandre Rabello de Faria, e de autoridades civis e militares, além de representantes do setor nuclear, acadêmico e empresarial.
O gerente do empreendimento modular de obtenção de submarinos, contra-almirante (EN) Marcio Ximenes Virgínio da Silva, explicou que, embora a Seção de Qualificação não vá fazer parte do submarino, ela é essencial para permitir a homologação do processo construtivo e, por conseguinte, a certificação do Estaleiro para a construção do meio naval. “O primeiro corte das chapas visando à confecção de almas – as quais formarão uma série de cavernas que serão unidas aos chapeamentos – comporão as subseções e, finalmente, a Seção de Qualificação. O processo de homologação envolve demais atividades além daquelas diretamente ligadas às atividades-fim, como a movimentação entre cada estação de trabalho e a análise das dificuldades intrínsecas aos processos, considerando o peso desta seção – de aproximadamente cem toneladas. A seção de Qualificação permitirá aferir a capacidade, única no hemisfério sul, de construção de um submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear. Assim, este momento marca o início da busca pelo estaleiro de sua qualificação com o processo construtivo a ser homologado, de forma a permitir futuramente o início da construção do Submarino.
O SCPN, objetivo principal do programa de desenvolvimento de submarinos (PROSUB), é o mais ambicioso programa estratégico da Marinha, pois capacita o País a projetar e a construir submarinos convencionais e com propulsão nuclear, tendo como base principal a transferência de tecnologia, a nacionalização de equipamentos e sistemas, bem como a capacitação de pessoal, além de contribuir de forma expressiva com a geração de milhares empregos. No momento, o projeto envolve cerca de 1.500 trabalhadores, entre militares e civis. O programa, no entanto, tem capacidade de gerar até 24 mil empregos diretos e 40 mil indiretos.
Durante o evento, o presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), Renaud Poyet, destacou a satisfação de fazer parte deste dia junto a todos os responsáveis por atingir esta grande conquista. “O Brasil está dando um passo que vai elevar a nossa tecnologia ao nível de países como a França, os Estados Unidos, a China, a Inglaterra e a Rússia. E a Marinha do Brasil no comando deste moderno submarino terá todas as condições de proteger o vasto litoral brasileiro”.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Respostas de 6
Qual o prazo de conclusão?
Se não me engano a expectativa da MB é de que ele esteja pronto em 2034/35.
Se não tiver nenhum atraso, claro.
Torço pra encomendarem mais um Classe Riachuelo, porque as chances do Álvaro Alberto estar navegando somente em 2040 são reais…
Conforme o vice-almirante Koga na Navalshore, o SCPN Álvaro Alberto deverá ser incorporado em 2037.
Show, tá andando, devagar mas tá!!! Tem muita gente puxando para não dar certo, mas vai sair!!
como vão manter a mão de obra ativa por 15 anos ou mais com apenas um casco a ser produzido? soldadores?
Se está dificil manter mais que 03 convencionais operando como será com um nuclear?
E ai assistimos orçamento ampliado.pra 2024…mas ampliado pra salarios sendo que a MB terá mais de 150 milhões reduzidos na rubrica investimento.
Parece racionalmente plausivel que este projeto terá sucesso?
Existe no contrato a opção de mais 2 submarinos convencionais, estuda-se a contratação deles para manter o estaleiro em movimento.