Argentina poderá ter aviões de combate chineses

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Chengdu J-10 (Imagem: Chinese Internet)

Argentina e China estão formando um grupo de trabalho com vistas a uma possível introdução de aviões de combate de fabricação chinesa no inventário da Força Aérea do país sul-americano.

Durante a visita da presidente Cristina Kirchner à China, no começo deste mês, foram realizadas reuniões em que se discutiu, entre outras pautas, a possibilidades de transferência de um conjunto de tipos de equipamentos militares para a Argentina. Entre eles, estariam aviões de combate FC-1 / JF-17 ou J-10, ambos desenvolvidos e fabricados pela Chengdu Aircraft Corporation (CAC).

O grupo de trabalho encarregado dos estudos em torno dos aviões de combate chineses irá examinar os meios pelos quais a Força Aérea da Argentina (FAA) poderá integrar tais aeronaves e receber o respectivo suporte operacional. Também circulou informações de que os argentinos pretendem receber 14 aeronaves de um dos dois modelos, mas alguns dados, como por exemplo quando os aviões começarão a chegar ao país, ainda não foram revelados.

O governo de Buenos Aires já vem tentando encontrar um modelo de avião de combate que substitua os obsoletos e inoperantes Dassault Mirage III EA / IAI Dagger / VA Mara, e os Lockheed Martin A/OA-4AR Fighting Hawk.

A notícia da possibilidade que a FAA receba aviões de combate chineses emerge algumas semanas após a circulação da informação de que os russos estariam dispostos a transferir aviões Sukhoi Su-24 Fencer aos argentinos. Embora o governo do Reino Unido veja essa possibilidade como uma séria ameaça, principalmente em função do jogo politico que o governo de Moscou estaria fazendo como forma de pressão frente à crise na Ucrânia, o Su-24 não seria o equipamento mais adequado para a Força Aérea Argentina neste momento de carência operacional.

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Chengdu FC-1/JF-17 (Imagem: Chinese Internet)

Outras opções mais adequadas vieram à cena nos últimos meses, incluindo as ofertas envolvendo Mirages F1 da Espanha, Kfir Block 60 de Israel e o Gripen E/F da SAAB, que estariam sujeitos a veto britânico por conterem sistemas fornecidos por indústrias controladas pelo Reino Unido.

Os chineses FC-1/JF-17 também foram objeto de ofertas anteriores, incluindo possível participação da indústria argentina na produção dos aviões. Já o J-10 aparece pela primeira vez na lista. Revelado em 2006, o caça lembra os europeus Gripen, Dassault Rafale e Eurofighter Typhoon . Na época, emergiram comentários de que o novo avião de combate chinês teria sido baseado no israelense Lavi desenvolvido pela Israel Aerospace Industries (IAI). Dotado de respeitável capacidade de manobras, ele pode voar a Mach 1.8 em altitude, carregar 6.000 Kg de carga útil externa distribuídas em onze pontos duros, incluindo uma combinação de mísseis ar-ar e ar-superfície, bombas não guiadas ou guiadas a laser e pods para designação de alvos, reconhecimento e navegação.

Estudos revelam que a China possui planos para formar uma frota de aproximadamente trezentos J-10. A elevada capacidade de produção da indústria aeroespacial chinesa favoreceria a FAA em termos de agilidade no fornecimento dos aviões.

Ivan Plavetz

Fonte: IHS Jane’s Weekly

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